sexta-feira, 9 de maio de 2008

À você!

Vá ao espelho e olhe as tuas profundas olheiras. Não me pergunte se está certo. Vá! Sabe que eu não entendo como, ainda, não se cansou de ler este jornal. Compre uma revista mais atualizada e limpe esta poltrona.
Abra a janela, compre um lírio e coloque-o ao sol. Seca-te e aqueça-te! Não fique parado olhando para o chão como se o mundo se estagnasse junto ao seu olhar. Não... Faça uma faxina neste quarto, que me dá repulsa, prometo-te uma visita. Não quero que seja como da última vez. A urina do seu gato não me deixava respirar, aquelas baratas... Se não pensasse mais no passdo tudo voaria. Faz-me rir como antes? Aquelas histórias de brigas de bar me animam. Quem sabe assim você sorri novamente (hum?). Seria bom se andássemos pelas praças como antes. Se lembra de quando eu fumei pela primeira vez? Foi legal... Então, conserte logo sua bagunça, troque os lençóis e compre uma boa vodka. Brindaremos àlguma coisa. Me espere as 15. Ah! Compre também uma camisa azul, você fica lindo de azul. E me espere como sempre: sentado na poltrona, fumando e convide-me logo a um brinde!
- A quê?

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