quinta-feira, 5 de junho de 2008

Nada!

Aqui estamos outra vez
Desgarrados de qualquer ideal
Sentir é mais que viver...
Espero que morra!
Morra espantado ao ver que tudo se despedaçou.
Nada além.
Nada sobrou.
Mentiras, socos e soluços.
Seu coração não passa de um monte de adubos.
"Eu sou a merda ambulante do mundo".
Obrigada, por nada!
Você costumava ser o que me dava forças para viver.
Você costumava ter um coração...
Nesta noite, apenas nesta noite vamos pontuar nossos finais.
E pela primeira e última vez, iremos além.
Só desta vez vamos apagar as diferenças;
As quais nos jogaram de abismos de peito aberto contra
Tudo aquilo que hipoteticamente era real.
Você ouviu? Você viu? Você sentiu?
Ou estava estático, lendo mais uma má notícia?
Só sabe fazer críticas...
Grite! Corra! Coma! Foda!
Não é loucura. É doçura.
Sede, qualquer coisa que desça queimando.
Queimando, queimando, em chamas como nossos corações.
Nós precisamos desta merda para sentir-nos reais.
Nós precisamos destas brigas.
Não te amo;
Amo o que tem para me oferecer.
Quem dá mais?
Nunca vi sentimento encher a barriga de ninguém.
Volte quando tiver algo mais palpável, além de palavras.
Dê um sorriso sarcástico e me mande ao quinto dos infernos;
Mas não fique aí, sem reação.
Eu quero ação!
Mais um conto de horror, sem "felizes para sempre".
Não quero sua hospitalidade gratuita.
O mundo não é bonito quando se perde a credibilidade nas pessoas.
Não tenho ao que me agarrar.
Só o nada.
Nada é tudo.
Tudo o que eu tenho é o nada.
Muito obrigada, o nada me sustenta.
Agradeço, mas dispenso...
O nada me conforta.
Não preciso de nada, só do nada.

Andréia Maria.




[Sem sombra de dúvida, até hoje, a minha autora favorita.
Ela tem o poder de mudar vidas.
E o que é o melhor, com realidade!]

Um comentário:

Andréia Moraes disse...

Ô nêgo, obrigada mesmo!
Acho que você vai gostar dos meus próximos textos, estou mais maquiavélica do que o habitual... hahaha. Sério.
Seu blog está lindo. Adorei a cor e tudo mais. :)

Beijos.